Tabu – Parte 2: Aborto Espontâneo
Mulheres que sofrem
abortos espontâneos se tornam, às vezes, suspeitas de terem induzido o mesmo.
Já li muitos relatos de mulheres em que falam sobre as clínicas mal
equipadas, os médicos sem escrúpulos e enfermeiras(os) sem preparo.
Algo muito comum há algumas décadas (que nos dias de hoje infelizmente
ainda existe) era o preconceito contra mulheres que sofriam aborto espontâneo, até
mesmo por parte da família. Tachadas de mulheres que não conseguiam “segurar
filho”, poucas tinham acesso à informação sobre a naturalidade do fato.
A causa mais comum é a má formação do feto, ou seja, quando um defeito
cromossômico impede o desenvolvimento do bebê e o aborto é a forma do
corpo não levar adiante uma gravidez que não se desenvolve como deveria. Em
outros casos, por complicações durante a gestação ou no parto, as mães acabam
perdendo seus filhos. Às vezes nascem prematuramente e permanecem por algum
tempo na incubadora, e por vezes infelizmente, acabam não resistindo.
É importante que as mulheres saibam que os abortos espontâneos nada têm
a ver com o que elas fazem ou deixam de fazer e não devem de maneira alguma, se
sentirem culpadas. É importante saber que muitas vezes o aborto espontâneo não
vem de algo que a mulher fez, como atividades físicas, relações sexuais ou
trabalho. Isso simplesmente acontece quando algo está errado e o organismo
expulsa, sendo considerado o embrião problemático. A natureza é sábia e fala
sempre mais alto. O conhecimento ajuda também futuras gestações. Quando se
conhece as causas do aborto, a mulher pode se preparar melhor para uma futura
gestação, realizando todos os exames necessários para constatar possíveis
problemas, sempre com a ajuda de um profissional de sua confiança.
Certas pessoas parece que ‘disputam’ umas com as outras quem sofre mais:
a mãe que perde no início da gestação, a que perde com a gravidez mais avançada
ou a que chega a ter seu filho nos braços? Lamentável isso! A perda em si é
dolorosa demais.
Há os que pensam que, a mulher que perde o filho no começo da gestação,
não deve sofrer porque nem era um bebê ainda... absurdo sem tamanho!
Antes mesmo do embrião estar na barriga enquanto ele está nos nossos
sonhos, a gente já deseja e ama mais que tudo! A gente já é mãe!
Cada pessoa sente e encara a dor da perda de uma maneira. O mínimo
esperado de cada ser humano para com o próximo, é o respeito. A dor não tem
prazo de validade. A superação varia de pessoa pra pessoa.
Jamais se esquece uma perda. Outro filho ou um já existente não
‘substitui’ o que se foi.
A perda nos causa angústia, culpa, dor e solidão.
Cada mulher se expressa de uma maneira. E lamentavelmente a sociedade ainda não sabe
como reagir diante de uma mulher que sofre com a perda. São tantos julgamentos,
esquivações, palavras que ferem profundamente.
Pra quem não viu, aqui tem
um post com uma mensagem que achei na internet que tem ‘dicas’ para quem não
sabe como reagir diante da mulher que perdeu seu bebê.
Por aqui seria muito bom se algumas tantas
pessoas lessem pra ver se ajudava em alguma coisa......
Beijo meninas!!
Nossa realmente, é um tabu, muitas vezes é tratado de forma tão insensível!
ResponderExcluirvou ler a carta! um grande alerta para aprendermos ser mais solidárias com as outras mães.
beijos! adorei seu cantinho.
http://andie20uns.blogspot.com.br/
Andie, somente quem passou por isso sabe como é, e ainda ter que ouvir comentários sem noção não dá.
ResponderExcluirObrigada pela visita, volte sempre viu?